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Fórum de partilha

Re:Consciencia! Minha historia.

Data: 14-02-2012 | De: Li cada palavra

Realmente o primeiro passo é admitir que a nossa vida se tornou ingovernável, ou seja, não temos mão em nós, não temos controle sobre a dependência.
Não é por fraqueza, estupidez ou falta de carácter.
É puramente químico. É uma trapaça química.
Aquilo que activa a dependência não está na parte do cérebro que pensa, que decide. Também não está na parte do cérebro que se emociona, que reage emocionalmente às coisas.
A adição vive numa parte do cérebro ligada à sobrevivência. Ao puro luta ou fuga. Não há nem amor nem eloquência.
É por isso que mil conversas não resultam, e é por isso que as decisões de mudar caiem por terra e é por isso que não temos mão no consumo mesmo que sejamos extremamente inteligentes e sensíveis.

Admitir que estamos sem governo das nossas vidas é o primeiro passo, directamente ligado ao segundo, em que nos damos conta e admitimos que não temos mão sobre os nossos consumos e ao terceiro em que aceitamos ajuda.

As reuniões não são para quem precisa. São para quem quer. E querer não é uma questão moral, nem tem a ver com inteligência ou fazer a vontade aos que nos amam.
São para quem já não aguenta mais.
A negação afinal não é fazer de conta que está tudo bem.
A negação é um processo celular ligado à sobrevivência. Quando batemos no fundo a morte está mesmo ali. E é muitas vezes nesse ponto que compreendemos o verdadeiro significado de sobrevivência.
É aí que passamos do querer ao precisar. E estamos finalmente em situação de aceitar ajuda de verdade.

Re:Consciencia! Minha historia.

Data: 25-05-2013 | De: renato

amiga estou comovido com sua historia passou um filme na minha cabeça ao ler vc tomou a decizao certa o 1 passo e procurar a alto-ajuda llinda gostaria muito de saber onde vc mora eu fasso parte de um grupo me sao paulo que e muito bom ai vai meu fone; 011 949099171

abstinencia

Data: 30-01-2012 | De: jpf

ora viva
Primeiro quero dar os meus parabens a este site.
Eu sou um adicto aos quimicos e mais uma vez estou numa fase de abstinencia e o que mais me custa superar é a sensação de um vazio dentro de mim,seguido de uma ansiedade desconcertante que me afecta o meu dia a dia ,por vezes fico bloqueado,principalmente quando vou trabalhar, a minha profissao obriga -me a comunicar mto ,pois sou vendedor.ontem por exemplo fugi para casa quando comecei a sentir esse vazio e bloqueio,senão.....lá ia eu recair.
Creio que as recaidas fazem parte da recuperaçao.
Meus amigos isto é uma luta diabólica....
cumprimentos
jpf

Re:abstinencia

Data: 14-02-2012 | De: Sofia

Será um caso de abstinência a seco. É que uma coisa é não consumir, e outra bem diferente é estar em recuperação.
Não consumir é isso, é abstinência a seco. Manter tudo igual e simplesmente não consumir. Muito perigoso e sem duvida um terrenos pantanoso para a recaída.
Recuperação passa por uma mudança de vida de forma mais profunda.
As reuniões ajudam a colocar essas mudanças em perspectiva.
A fome de intensidade na vida é uma forma de resposta à necessidade de vida. O consumo é essa sobrevivência.
Se não dermos vida à nossa vida, alguma vida temos de ter em substituição e aí que o consumo entra.
Mudar de vida dentro dos possíveis é mesmo importante.
O programa dá pistas muito boas. Não muda a nossa cabeça nem resolve os nossos problemas. Apenas nos cerca das pessoas certas, do apadrinhamento certo e a um ambiente que incentiva em lugar de puxar para baixo.
Existem também muitos livros importantes para ler. Que ajudam muito. Estão enumerados neste mesmo site.
Existem também alguns truques. Adictos a álcool e droga podem responder a uma "fome" de momento comendo uma barrita de chocolate ou um nectar de frutos.
(Claro que esta não é solução para obesos anónimos).

Entretanto sobre a abstinência, deixo um pensamento:
"Será que podemos abster-nos de viver?"
"Será que existe vida na abstinência"?
"Será que a vida sem consumo vale a pena?"

Estas são perguntas de um adicto em pausa. É por isso que doi e faz medo.

redes sociais-adiçao

Data: 05-11-2011 | De: maria

Adiçao as redes sociais e as relaçoes nelas estabelecidas....Alguem como eu que possa ajudar? obg

Re:redes sociais-adiçao

Data: 15-11-2011 | De: Daniela

Eu acabei por desactivar a minha conta no Facebook, porque transformei esta rede social, numa espécie de Diário, onde reflectia todas as minhas dores e pensamentos. Depois de ser várias vezes criticada, decidi ontem desactivar a minha conta e guardar todas as minhas dores para mim.

Re:Re:redes sociais-adiçao

Data: 14-02-2012 | De: Sofia

Esta é das tais. Como a adicção ao trabalho ou a comer de forma descontrolada.
As redes sociais são bem aceites pelo senso comum, milhões de pessoas estão registadas, conseguimos chegar virtualmente a todo o mundo, podemos ser validados como não nos sentimos na "vida real". Ganhamos tempo de antena, visibilidade e uma sensação de aparente importância.
Adicção é todo o hábito que cria desequilíbrio e descontrole sobre outras áreas da vida do indivíduo. Esta definição cobre todas as formas de adicção.
Só desactivar contas, é uma forma de abstinência a seco.
Claro que é fundamental, mas depois há que fazer uma análise objectiva e corajosa da nossa vida e perceber que vazio estamos a tentar cobrir. Essa é a nossa área da nossa vida que precisa de ser reposta. E isso é tão difícil que é preciso ajuda. E a ajuda certa chega quando admitimos a ingovernabilidade das nossas vidas.

Re:Re:redes sociais-adiçao

Data: 27-04-2012 | De: César Augusto Pereira

Você cometeu um erro ao usar seu perfil pessoal para partilhar seu dia a dia. As pessoas que estão em redes sociais em sua maioria só querem fazer número de amigos. Muito poucos dão atenção ao que se passa em nossos corações. Eu mesmo estou excluindo grande parte dos que estão em meu Facebook pois não me acrescentam nada. Sou um adicto também e muitas vezes me senti tentado a partilhar meus sentimentos mas tive tempo de pensar duas vezes. Por isso pretendo montar uma comunidade no face sem vínculo com minha página pessoal pois percebi que como nós são muitos com o mesmo problema. Agora estou de cama a quase dois meses. Tive câncer e tratamento terminou a pouco tempo. Perdi tudo para poder pagar exames, remédios e parte do tratamento, inclusive meu notebook e pelo celular não dá para montar. Só quando eu estiver bem e puder voltar a trabalhar ou ir a uma lan house. Semana que vem vou me internar no Regional para refazer todos os exames pois os médicos aqui em Campos do Jordão acham que o câncer voltou no estômago e não tem como avaliar aqui. Não sei se vão publicar meu email mas vai lá. espatulamagica@gmail.com Abraços. César

Informações sobre Co-dependencia

Data: 06-01-2011 | De: Wilson

Estou criando junto a outros voluntarios um Clube de Mães de dependentes na comunidade onde atuamos e gostaria de sugestoes de como conduzir estas reuinioes que aconteçeração um vez por semana.

Re:Informações sobre Co-dependencia

Data: 14-05-2011 | De: sofia

Peço desculpa, retomei o site hoje, depois de uma longa ausência na qual cuidei de outros projectos. Vi agora a sua questão e gostava de sugerir a literatura de CODA e a metodologia e sugestões de Co-dependentes anónimos... que pode ser muito boa.
Leituras de livros dedicados ao tema, partes de texto lidos em grupo e depois cada uma comenta de que forma se relaciona com o texto lido na sua experiência presente...
O poder das reuniões de CODA é o facto de serem seguida por tantos, tantos milhares no mundo, com resultados e com uma estruturação testada.
No entanto o mais importante é o poder de um grupo de apoio mútuo, identificação e não julgamento. No qual ouvir e entender é melhor do que ficar a dizer à outra mãe o que fazer.
Co-dependentes costumam ter esta resposta compulsiva. Querer resolver o sofrimento dos outros rápido.
O desafio aqui, é mesmo cada uma fazer seu caminho na oração da serenidade enquanto usufrui da benção imensa que é estar junto de quem entende profundamente essa realidade de dor e desespero.

Muita força
Sofia

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