1º Passo de 12

16-04-2010 17:16

 1º. Admitimos que éramos impotentes perante a nossa adicção, que nossas vidas tinham se tornado incontroláveis.

 

No início do seu processo de adicção o adicto descobre algo que lhe oferece a promessa de lhe permitir controlar o seu estado de espírito independentemente das circunstâncias, dos desgostos, dos momentos... O objecto da sua adicção parece depender apenas da sua vontade dando-lhe aquilo de que precisa, quando precisa, de forma previsível.

No entanto, de uma forma gradual, vai sendo preciso cada vez mais do objecto para atingir o mesmo grau de satisfação. O Adicto ganha tolerância ao objecto da sua adicção e "aguenta" mais do que quem não é adicto.

Esta "capacidade" que na realidade é um sintoma de personalidade aditiva, cria no adicto uma sensação de controlo e não é óbvio o momento desde o qual esse controlo se perde. 

De notar que o objecto de adicção pode ser uma substância, um comportamento, um sentimento. O que o adicto não procura o objecto em si, mas sim a sensação que lhe proporciona é essa que se torna gradualmente mais ténue exigindo mais quantidades do mesmo até chegar ao absurdo.

A noção de absurdo é subjectiva. Mas há um momento em que começa a tornar-se claro que as rédeas se perderam. E é o momento de fazer o primeiro passo.

Se temos dúvidas é que provavelmente somos adictos.

Se temos a certeza que não somos, mas ao nosso redor todos acham que somos... provavelmente somos adictos.

Se achamos que estamos bem e controlados, mas começa tudo a desmoronar ou a tornar-se demasiado confuso e ficamos incapazes de resolver aquilo que se criou à nossa volta e na nossa vida... provavelmente somos adictos.

Se ainda assim temos dúvidas basta ir a uma reunião de 12 passos e tentar saber informação. Costumam existir questionários alguns dos quais on-line, que ajudam a determinar o grau de adicção.

 

Na dúvida, é a altura de entrar em recuperação. Há dúvidas que simplesmente não surgem em quem não é adicto. Enganar-se a si mesmo é dos talentos mais refinados do adicto, mas o primeiro passo é, precisamente o trabalho de desmontagem desse engodo que não nos estava a levar a lado nenhum.